O Ministério da Agricultura do Brasil divulgou nota, afirmando que a China suspendeu a recepção de carregamentos de soja de unidades de cinco empresas brasileiras em seus portos, após navios não atenderem a requisitos fitossanitários.
Segundo a nota divulgada foi detectada a presença de soja com revestimento de pesticidas e de pragas quarentenárias nos carregamentos avaliados pelas autoridades chinesas.
Em nota, o Ministério da Agricultura informou que espera receber os planos de ação das empresas envolvidas para demonstrar os procedimentos adotados para evitar novas ocorrências de não conformidades detectadas pelos chineses.
Segundo Igor Guedes, analista da Genial Investimentos, o relato ainda é preliminar, mas há chances de que haja presença de antracnose, uma doença causada por um fungo. Em relatório, porém, ele enxerga que a medida pode ter sido tomada para controlar o valor de commodities importadas e não afetar o mercado interno
A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) se limitou a dizer que os órgãos profissionais estão analisando a situação e irão realizar reuniões para debaterem sobre o assunto.
As empresas citadas pela agência Reuters no interropimento do fornecimento de soja são, Cargill, ADM, C.Vale e Olam Brasil e Terra Roxa Comércio de cereais .
As 4 primeiras empresas não responderam a um pedido de resposta da reportagem feito pelo órgão de imprensa, apenas Juliana Gerunda, proprietária da Terra Roxa Comércio de Cereais, afirmou que as notícias não procedem, apesar de dizer ter recebido neste mês uma notificação em forma de multa por autoridades chinesas.
Ela afirma que o último embarque da empresa para a China foi de mil toneladas de soja produzidas em Itaí, no interior de São Paulo, em junho do ano passado. Ela não detalhou o que havia na notificação e afirmou que toda a soja enviada foi desembarcada no país asiático.