Por José Luiz Tejon Megido, Conselheiro Fiscal do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) e Dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM.
O que pedir para os brasileiros para o novo ano? Não tenho dúvidas: menos governo e muito mais Sociedade Civil Organizada.
Que possamos ter um 2018 de crescimento econômico, de freio na corrupção tenebrosa nacional, de renovação da classe política e de um revigoramento da democracia. Só podemos desejar que, apesar dessa crise, possa nascer um novo Brasil, onde brasileiros íntegros e capazes estejam na governança da nação.
Quanto melhor o governo de um país, menos sofrimento e mais empreendedorismo, mais qualidade de vida e felicidades. Mas, tudo seria fácil se não fossem as dificuldades. Logo, não dá para sentar e esperar pelo governo. Não dá para rezar por uma eleição. Simplesmente não dá.
O Poder Executivo faliu, o Legislativo foi junto e vivemos hoje do Judiciário que também apresenta facções.
Carecemos urgentemente do 4º Poder. E qual é? A mídia ao lado da Sociedade Civil Organizada. Significa que as entidades representativas da sociedade precisam se unir e criar projetos para o Brasil.
Esses programas devem ter orientação econômica, social, educacional e sustentável do país. Devem ser apresentadas aos candidatos para o exercício dos poderes públicos e significarem linhas fundamentais a serem implementadas por quem quer que seja eleito.
Uma cidade, um estado ou o nosso Brasil não podem mais ficar submetidos exclusivamente aos poderes político-partidários.
A sociedade precisa estar presente, se apresentar com programas e fiscalizar.
Como começar? Muito simples. Começar por aqueles que têm toda a economia em suas mãos, e que ao mesmo tempo, sofrem com os equívocos e os desmandos dos governos. Começar com as dez Confederações Nacionais Empresariais.
Se as Confederações da Indústria, Agropecuária, do Comércio, dos Serviços, do Sistema Financeiro, da Saúde, das Cooperativas, do Transporte, do Turismo e da Comunicação Social se orquestrassem reunidas e unidas num projeto, com o Brasil acima de interesses de facções, sem dúvida poderíamos mudar o país.
Não queremos ficar mais na expectativa ultrapassada de rezar pela vinda de um iluminado presidente.
Desejo um ano novo de protagonismo, em que, eu, você e todos possam entender definitivamente que também somos governo e que governar não significa apenas ir votar. Governar é muito mais do que isso. Governar é assumir a responsabilidade do 4° Poder.
Somos o 4º Poder. O futuro terá cada vez menos governo, como esses do passado, e cada vez mais Sociedade Civil Organizada. Que 2018 nos traga essa clarividência.