O Governo do Estado de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), antecipou a primeira etapa da Campanha de Vacinação contra a Febre aftosa para o dia 20 de abril, com a devida autorização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Previamente, a Campanha teria início no começo do mês de maio, mas atendendo a demanda dos produtores rurais goianos, o prazo de vacinação será maior, começando agora em abril e encerrando no último dia de maio. Nesse período, devem ser vacinados todos os animais bovinos e bubalinos, de todas as idades. A Agrodefesa estima um número de 22 milhões de cabeças.
Essa época de quarentena por conta do novo coronavírus fez com que os produtores rurais permanecessem em suas propriedades, o que permite a rápida inicialização da vacinação. A imunização dos bovinos e bubalinos é essencial para assegurar tanto a sanidade do rebanho, quanto a comercialização para o Brasil e o mercado externo. As revendas de vacina são consideradas atividades essenciais, por isso, não ferem as recomendações do Decreto Estadual 9.633/2020. A expectativa é que a ação não traga prejuízos sanitários em relação ao vírus, já que os estabelecimentos tem adotado um sistema de trabalho por meio de delivery e não irá gerar aglomerações de produtores nas lojas agropecuárias.
O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, relata que vão ser estabelecidos prazos e orientações de boas práticas para a realização da vacinação e para combater a propagação da contaminação pelo Covid-19.
A lista dos municípios que terão de imunizar bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e equídeos contra a raiva nessa fase de vacinação encontra-se disponível no site da Agrodefesa. Ela é obrigatória em doze municípios do Estado. Além desse procedimento, os pecuaristas precisam fazer a declaração de rebanho e vacinação. O Governo de Goiás orienta que a declaração seja feita, preferencialmente, por meio eletrônico. Os produtores podem fazer a declaração pelo Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago).
Quem ainda não possui login e senha para acessar o sistema pode fazê-lo acessando o site www.agrodefesa.go.gov.br e clicar no link do Sidago onde há um passo a passo para uso do sistema. Outras informações sobre este processo podem ser obtidas por meio de agendamento – neste momento por causa da Covid-19 – nos escritórios Locais e Regionais da Agrodefesa.
Para fazer a declaração de vacinação é necessário que os produtores que ainda não adotaram esta providência, façam a informação obrigatória das coordenadas geográficas da propriedade. Até porque o pecuarista só vai poder fazer a declaração de vacinação e também de todo o rebanho após informar as coordenadas geográficas das propriedades. Elas devem ser obtidas no ponto de localização da sede da propriedade, no formato Latitude e Longitude (graus, minutos e segundos).
Esta informação pode ser obtida in loco na propriedade, por meio de aplicativos de celular e aparelho de GPS, ou mesmo de programas/softwares como o Google Earth e o Google Maps, diretamente pela Internet. Esta é uma das exigências previstas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Prevenção e Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), para retirada da vacinação obrigatória em 2021. A multa para os criadores que não realizarem a vacinação em seu rebanho e a imunização contra a raiva é de R$ 7,00 por cabeça não vacinada. Quem vacinar, mas não fizer a declaração, será penalizado com multas de R$ 300,00 por propriedade não declarada.