As cooperativas, sindicatos de produtores e trabalhadores rurais estão juntando forças para realizar manifestação contra o aumento da carga tributária no setor do agronegócio brasileiro. Os protestos estão marcados para o dia 7 de janeiro, e ocorrerão em vários municípios do estado de São Paulo, principalmente ao redor de supermercados, onde os custos desse aumento serão repassados ao público final.
Esse pacote tributário fará com que o preço dos alimentos suba, gerando inflação e dificultando a situação econômica de todas as famílias, principalmente as mais carentes. O aumento passou a valer a partir desse 1º dia de janeiro.
Com 4 dias de organização, o evento já está recebendo grande adesão por parte do público agro, que tem se mobilizado através das redes sociais. O Tratoraço busca reverter a decisão tomada pelo atual governo do estado, com esperança de que haja uma negociação com a classe produtora e que o decreto seja revogado.
Os participantes garantem que será feito uma manifestação pacífica e incentivam a adesão de toda a população.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e a Associação Brasileira de Proteina Animal (ABPA) divulgaram manifesto contra o aumento. Elas destacaram o preço desse decisão em diversos produtos como: leite– 8,4%, carnes – 8,9%, medicamentos para Aids e Câncer na rede privada – 14%, cadeira de rodas, próteses e equipamentos para pessoas com deficiência – 5%, têxteis, couros e calçados – 7,3% e energia elétrica para estabelecimento rural – 13,6%.
“Os principais prejudicados serão as famílias mais pobres, porque o preço da cesta básica vai subir, assim como os pequenos empresários, optantes pelo Simples, que verão seus custos se elevarem muito. Grandes indústrias também podem optar por transferir seus investimentos para outros estados, o que vai prejudicar a geração de emprego e renda em São Paulo”, ressalta as associações.
O comércio provavelmente se unirá contra o aumento de impostos, que atingiu vários segmentos da economia paulista, como o de comercialização de carros, provocando aumento de impostos nas máquinas e implementos agrícolas. O setor da saúde também foi afetado, com o aumento no custo da importação de remédios contra o tratamento de câncer.
A Ocesp declara preocupação com o aumento, ressaltando que as medidas irão afetar toda a produção no estado, pois muitas indústrias já estão repensando seus investimentos, algumas até com planos de tirar suas plantas do estado, o que poderá agravar ainda mais o desemprego e a crise.