Segundo análises da Grão Direto como o informativo ANÁLISE DO ESPECIALISTA, a semana foi marcada pela alta volatilidade/oscilação em Chicago. A Rússia atraiu as atenções do mercado após noticiar que estava disposta a criar um corredor de exportação de grãos, condicionado à retirada das sanções comerciais e econômicas impostas pelo Ocidente. Isso ajudaria a escoar os grãos que estão parados nos portos marítimos, desde o início do conflito.
Dessa forma, o mercado reagiu imediatamente derrubando as cotações de praticamente todas commodities agrícolas, inclusive da soja. Após a não confirmação desse evento, e analisando a forte demanda juntamente com estoques apertados nos EUA, a soja voltou a subir, amenizando a queda semanal.
Outro fator que serviu de suporte para a alta foi o atraso do plantio nos EUA. De acordo com o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o plantio da soja nos EUA chegou a 66% da área esperada em 29/05. Esse número ainda está bastante atrasado em relação ao ano passado, onde estava com 83% plantado nesse mesmo período.
Dessa forma, Chicago fechou a sexta-feira valendo 16,99 dólares o bushel, ou seja, uma queda de -1,91% em relação à semana anterior. Os derivados de soja tiveram mais uma semana mista, onde o óleo teve alta de +3,38%, já o farelo, queda de -5,89%.
O dólar fechou a semana em alta, valendo R$4,78 (+0,84%). A alta da moeda americana foi motivada pela criação de 390 mil vagas nos EUA no mês passado – número acima do esperado pelo mercado, segundo o Departamento do Trabalho Americano. Esse cenário indica que o Banco Central dos EUA pode ter espaço para seguir aumentando os juros para conter a inflação em alta, e consequentemente, atrair mais investidores para o país.
Com a expressiva queda de Chicago, mesmo com a leve alta do dólar, o mercado brasileiro apresentou uma pequena desvalorização de preço, em relação à semana anterior.
O QUE ESPERAR DO MERCADO PARA ESTA SEMANA?
O mercado da soja permanece dividindo suas atenções entre o clima para o avanço do plantio e desenvolvimento inicial da nova safra dos Estados Unidos, sinais de demanda pela soja norte-americana e finalização da colheita da América do Sul.
A evolução do plantio e desenvolvimento inicial da safra americana continuará atraindo as atenções do mercado nesta semana. As previsões climáticas apontam para uma semana mais chuvosa nas regiões sul, leste e oeste da região produtora dos EUA nesta semana, prejudicando ainda mais a evolução do plantio em estados produtores importantes.
Também teremos a divulgação do Relatório de Oferta e Demanda Mundial (WASDE), que será divulgado pelo USDA na sexta (10/06). Além disso, o movimento da compra chinesa no mercado internacional também será um fator importante.
O dólar poderá continuar sua tendência de alta, com expectativas de novos aumentos de taxas de juros nos EUA. Caso esse cenário se confirme, as cotações de soja brasileira poderão ficar mais atrativas, em relação à semana anterior.
COMO O MERCADO SE COMPORTOU NA ÚLTIMA SEMANA?
Com o início da colheita em alguns estados produtores, reforçada pela boa expectativa de colheita, os preços de milho no mercado físico vêm sendo pressionados para baixo. Isso vem deixando o produtor bastante indeciso em relação a comercialização, pois os trabalhos de colheita irão durar por mais alguns meses e os preços poderão continuar em queda nesse período.
Sabendo disso, os compradores continuam cautelosos, à espera de boas oportunidades de compras com a evolução da colheita. De acordo com a Secex (Secretaria de Comércio Exterior) no que diz respeito às exportações de milho pelo Brasil, até a terceira semana de maio, os números saltaram para aproximadamente 801 mil toneladas, contra apenas 14 mil toneladas no mês de maio de 2021.
Falando em mercado externo, Chicago (CBOT) finalizou a semana com uma queda de -6,31%, encerrando a 7,27 dólares por bushel. Já o dólar fechou a semana com uma alta de +0,84%, valendo R$4,78.
O QUE ESPERAR DO MERCADO PARA ESTA SEMANA?
No cenário de Chicago em queda expressiva e dólar com leve alta, as exportações ficam menos atrativas, tornando o mercado interno mais interessante. Nessa semana, as cotações de milho poderão continuar com seu movimento de queda, pressionadas principalmente pela evolução da colheita em várias regiões do país.
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