A colheita da safra nacional de grãos 2020/21 já começou e promete boas produtividades para os produtores paulistas. A Revista Agrícola tem entrevistado agricultores de diversas regiões do Brasil para saber mais detalhes sobre o trabalho no campo nesta safra de verão.
No 1º dia de março, a revista esteve no Vale Paranapanema e pôde conversar com o produtor de Pedrinhas Paulista (SP) Antônio Franco Neto sobre os desafios que teve com a sua lavoura. Ele começou a colher na última semana de fevereiro mas tem enfrentado atrasos no processo por conta do clima. Dias nublados com eventuais pancadas de chuvas são os responsáveis por não conseguir avançar como deveria (e gostaria) na colheita da soja. “Queríamos colher com sol e tempo aberto, mas pelas previsões essa 1ª semana de março vai ser complicada em termos de clima”, comentou Franco Neto.
Por enquanto, o produtor colheu 20% de sua área de plantio, e em cinco dias de trabalho apenas durante 1 conseguiu completar todo o processo antes que começasse a chuviscar. “São pedaços de dia de trabalho, máquina vai para a lavoura e consegue fazer uma caçamba só. Isso aumenta o nosso custo com maquinário e pessoal contratado na época de colheita”, explica Franco.
Segundo o agricultor, a maior parte dos produtores da região já está com a soja pronta para ser colhida, “mas o tempo irá incomodar todo mundo, atrasar o processo de colheita da soja e de plantio do milho safrinha”.
No momento, a esperança é de que a umidade não prejudique os grãos de soja. “A chuva é bem-vinda, desde que não estrague a lavoura e possamos colher o nosso produto com qualidade”, conclui Franco Neto.