Com a expectativa de ser um novo marco na história da Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá (Expoingá), que acontece de 3 a 14 de maio, a mostra de ovinos vai reunir animais de 12 raças, sendo cinco delas pela primeira vez no vento. A expectativa é de que o Pavilhão da Ovinomar receba 700 machos e fêmeas, a capacidade total do local.
O presidente do Núcleo de Criadores de Ovinos da Região de Maringá (Ovinomar), Neudecir Urgniani, destaca que a Expoingá 2018 será o retrato do bom momento vivido pela ovinocultura paranaense. Será um recorde de animais inscritos, com o melhor em termos de padrão genético, além da divulgação da raça e intercâmbio de informações.
Nacional do Suffolk
Além das cinco raças estreantes, a 46ª Expoingá será palco da 10ª Exposição Nacional do Suffolk. É a primeira vez que Maringá recebe um evento brasileiro do gênero. Por causa da relevância da prova, o julgamento dos animais será feito pelo inglês Geoff Biddulph, integrante da Associação Nacional dos Criadores de Ovinos da Raça do Reino Unido, que vem pela primeira vez ao Brasil.
A Suffolk é nativa do Reino Unido. A raça surgiu no Século XVIII, a partir do cruzamento de carneiros Southodown, com ovelhas selvagens de Norfolk. Apesar da origem europeia, no rebanho brasileiro, predominam os descendentes de linhagens norte-americanas e neozelandesas.
Confira as raças inéditas na Expoingá:
Bergamácia
Originária do Norte da Itália, na Lombardia e no Piemonte. Por causa do grande porte, são conhecidos como Gigante de Bergamo e Bielesa. De múltipla utilidade no país de origem, é utilizado para a produção de carne, lã e leite, usado como matéria-prima para a fabricação do queijo Gorgonzola.
Considerados rústicos, os animais são exigentes quanto à alimentação. Demonstram fácil adaptação às condições climática do Centro-Oeste e do Nordeste brasileiros. Foi usada no cruzamento com a Morada Nova para produzir a Santa Inês.
Corriedale
Originário da Nova Zelândia, recebeu o nome da propriedade onde surgiram os primeiros animais, frutos do cruzamento entre Merinos, Romney Marsh, Lincoln e Leicester. De porte imponente, cara destapada, narinas pretas e cascos escuros, a raça ainda é maioria no Rio Grande do Sul, mas já foi mais populosa, quando a ovinocultura voltada para a produção de lã era uma das principais atividades econômicas do pampa gaúcho.
Hoje, o rebanho estimado é de 4 milhões, mas já foram 11 milhões de cabeças; o correspondente a 60% do plantel gaúcho. No Sul, há 400 criadores ativos, mas a raça também está presente em mais seis estados do País. Tem dupla aptidão, carne e lã, com equilíbrio de 50%.
Crioula
É considerada uma raça nacional, com origem nos rebanhos introduzidos pelos jesuítas, no Rio Grande do Sul, durante o século XVII, e do cruzamento com outras raças importadas a partir da colonização portuguesa. A raça tem parentesco com a hispânica Lacha, além de Romney Marsh e Corriedale. É rústica e sóbria. Adapta-se a diferentes condições de clima, solo e vegetação. É resistente a doenças e problemas podais, quando em condições adversas. Produz lã.
Está classificado como raça rara e conserva traços dos ovinos primitivos, que lhe deram origem. Em 1982, começou a ser preservada pela Embrapa Pecuária Sul, em Bagé (RS). Hoje, pode ser encontrado nos estados do Acre, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo.
Laucaune
Raça de origem francesa. É a mais numerosa naquele país. Deve o nome aos Montes Lacaune, no Tarn. É fruto do cruzamento de diversos grupos de ovinos, que existiam nos departamentos de L’Aveyron, Tarn e Limítrofes. O berço da raça se situa na região produtora de leite destinado à fabricação do queijo Roquefort.
Considerada de aptidão mista, produz leite e carne, cordeiros de alta qualidade. O leite é considerado o mais puro de ovelha, com aproveitamento de todo o valor nutricional dele.
Romney Marsh
Raça originária do condado de Kent, no Sul da Inglaterra. Os animais são considerados rústicos e resistentes ao excesso de umidade, à aftosa e à verminose. Produz tosa farta e consegue manter o peso em duras condições climáticas. Apresenta dupla aptidão, capaz de produzir carne de qualidade e lã.
É considerada uma raça naturalmente colorida. A lã é destinada à produção de mantas, coletes, palas, cachecóis e inúmeros produtos denominados Eco Lã, por não necessitar de tingimento, nem agredir o ambiente. Os animais apresentam até 12 tonalidades diferentes e tem um brilho único e especial.
Da Redação
Assessoria de Imprensa
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