O setor algodoeiro brasileiro segue avançando e quebrando marcas históricas. Durante março, o Brasil registrou um novo recorde de exportações de algodão, com as vendas externas totalizando 221.948 toneladas da pluma, 58% acima do volume embarcado no mesmo mês de 2020, tornando- se o melhor mês de março da história dos embarques. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em seu relatório de safra.
Nos primeiros oito meses da temporada de exportações 20/21, os embarques chegaram a 1,943 milhão de toneladas de algodão, com destaque para China, que reassumiu o primeiro lugar do ranking de maiores compradores com 57,6 mil toneladas importadas no mês de março/21, seguida pelo Vietnã. Ainda que em quinta posição no ranking nacional de hectares destinados ao cultivo de algodão (23.032), Mato Grosso do Sul segue na liderança da produtividade, juntamente com a Bahia. Ambos estados estimam uma produtividade de 300 arrobas por hectare na safra atual. Segundo a Ampasul – Associação Sul-mato-grossense dos Produtores de Algodão, isso se deve ao nível tecnológico investido pelos agricultores e a condição climática favorável na principal região produtora do estado.
“Os números de produtividade e qualidade demonstram que estamos no caminho certo. Assim como todos os setores, passamos por um período difícil com a pandemia, mas com muito empenho, trabalho e dedicação, os produtores têm superado cada obstáculo, contribuindo para essa marca histórica de exportação de fibras do Brasil. É sempre bom lembrar que vai além de produzir e exportar qualidade e quantidade, somos [Brasil] o maior produtor ofertante de algodão sustentável do mundo”, ressalta o diretor executivo da Ampasul, Adão Hoffmann.
Os dados divulgados pela Abrapa, integram o documento: Relatório de Safra – Principais indicadores da temporada de exportações de algodão 2020/2021. O material divulgado nesta sexta-feira (9) ainda apresenta previsões atualizadas da safra em andamento, apontando que o país pode alcançar um outro recorde histórico, chegando a 3,5 bilhões de dólares de superávit na balança comercial do algodão, até o final da temporada de exportações.