Com o advento da tecnologia, o homem do campo tem utilizado a modernidade a seu favor. Tratores computadorizados e máquinas de última geração compõem, hoje, o arsenal dos agricultores na hora de formarem suas lavouras. A mecanização e informatização, contudo, não se resumem apenas ao plantio e colheita, os produtores rurais têm investido cada vez mais em equipamentos que garantem informações precisas sobre clima, mercado, qualidade do solo, quantidade de água e fertilizantes a serem utilizados, entre outros subsídios que ajudam os agricultores e agrônomos a tomarem a decisão certa, no tempo certo, e, assim, diminuir custos e aumentar a produtividade nas fazendas.
O uso dessas ferramentas aliado às boas práticas, como técnicas de conservação do solo e da água, resulta em benefícios não só para o produtor rural, mas principalmente para o meio ambiente. Se produzir mais com um custo menor é bom, elevar o volume produzido e de forma sustentável é ainda melhor. É a chamada agricultura eficiente, uma realidade visível nos campos do oeste da Bahia.
Quando aqui chegaram, há pouco mais de 30 anos, os sulistas encontraram terras praticamente inférteis, e as transformaram em uma das maiores áreas produtivas do País. É aqui que está situado, por exemplo, o maior produtor de algodão, segundo maior produtor de feijão e quarto maior produtor de soja do território brasileiro.
O oeste baiano tem uma agricultura variada e papel de destaque não apenas nas safras de grãos e fibra, mas também de produtos como café e mandioca, além de ser o maior produtor de frutas como banana, mamão, manga, maracujá e coco. O agronegócio é a principal atividade da região e mola propulsora da economia local.
Mas essa vocação agrícola se deve aos elevados investimentos, sobretudo na fertilização do solo e no manejo adequado do mesmo. A aplicação de fertilizantes, aquisição de equipamentos e, principalmente, a adoção de práticas conservacionistas compõem a “fórmula de sucesso” que tem garantido uma melhora significativa na qualidade das terras, aperfeiçoando o perfil do solo e transformando o cerrado em região agricultável.
Previsão é que agricultores plantem em área 33% maior do que na safra passada
Com o fim do período do vazio sanitário, encerrado nesta segunda-feira (20), os produtores de algodão da Bahia estão liberados para iniciarem o plantio da safra 2017/2018. A medida, estabelecida por meio da portaria Nº 213/2015, pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), determinou que durante dois meses (de 20 de setembro e 20 de novembro), os produtores de algodão do oeste da Bahia eliminassem as plantas vivas do algodoeiro do campo. Esta é uma das mais eficientes ações para a prevenção e combate às principais pragas na lavoura do algodão, principalmente o bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis).
Diante dos ótimos resultados de produtividade na última safra, quando atingiu os 310 arrobas de algodão/hectare, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) prevê o aumento de 33% da área plantada em relação à última safra, sendo estimados cerca de 268 mil hectares. Deste total, somente 36,3 mil hectares é irrigado.
“Estamos apostando na regularidade das chuvas, que estão voltando à normalidade, e no trabalho desenvolvido em conjunto pelos agricultores e técnicos do programa fitossanitário para a prevenir e combater doenças e pragas na lavoura”,
explica o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato.
Na safra passada, foram plantados 201,6 mil hectares, sendo colhidos cerca de 393,7 mil toneladas de algodão em pluma e 937,5 mil toneladas de algodão em caroço.
“Com a normalização do clima, vamos retomar a nossa área plantada. Nos próximos três ou quatro anos, chegaremos à nossa capacidade instalada de 400 mil hectares, buscando de volta os agricultores para o plantio de algodão, gerando ainda mais riqueza e desenvolvimento para a região”
afirma.
Fonte: Assessoria de Imprensa Abapa