Em janeiro de 2018, o Brasil regulamentou o uso de técnicas de edição de genomas, por meio da Resolução Normativa Nº 16, de 15 de janeiro de 2018. Os aspectos legais e o uso da biotecnologia na agricultura brasileira farão parte de painel a ser debatido durante o VIII Congresso Brasileiro de Soja, que será realizado de 11 a 14 de junho, pela Embrapa Soja, no Centro de Convenções de Goiânia.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno, membro do Comitê Técnico Nacional de Biossegurança (CTNBio), foram regulamentadas as Técnicas Inovadoras de Melhoramento de Precisão (TIMP), do inglês Precision Breeding Innovation (PBI). Os produtos desenvolvidos com estas técnicas não carregarem transgenes, por isso, não serão considerados Organismos Geneticamente Modificados (OGMs).
No caso da tecnologia Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats (CRISPR), por exemplo, além da precisão genética, a técnica permite reforçar ou inibir determinada característica de um organismo sem a necessidade de incluir genes de outras espécies. É considerada uma das mais promissoras para a edição de genomas, por sua eficiência, precisão, baixos custos e facilidade de utilização.
Programação
Matthew Begemann, diretor associado de tecnologias moleculares na Benson Hill Biosystems irá abordar algumas das técnicas atuais e seu impacto para a produção agrícola, durante painel sobre o tema no CBSoja. O pesquisador da multinacional Pioneer, John Woodward, irá participar do mesmo painel ministrando a palestra Biotecnologia nos próximos anos, o que esperar na agricultura?
Segundo Nepomuceno, a edição de genomas é um avanço revolucionário para melhorar o processo tradicional de desenvolvimento de plantas, aumentando a agilidade, a precisão, e a eficiência na ampliação da variabilidade genética.
Da Redação
Assessoria de Imprensa
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