A Embrapa Soja disponibilizou recentemente a publicação “Eficiência de fungicidas para o controle da ‘mancha-alvo’, Corynespora cassiicola, na cultura da soja, na safra 2019/2020: resultados sumarizados dos ensaios cooperativos”. Trata-se de uma circular técnica e seu download é gratuito. Esse estudo foi realizado por uma rede de ensaios formada de instituições públicas e privadas que realizam experimentos em diferentes regiões produtoras.
De acordo com a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja, na safra 2019/2020 foram avaliadas pela rede de ensaios principalmente novas formulações de fungicidas em fase de registro para o controle da “mancha-alvo” na cultura da soja. Esse é um trabalho que vem sendo realizado desde 2012/2013 e os resultados de fungicidas registrados, sítio-específicos e multissítios, avaliados nas outras safras, podem ser consultados nas publicações anteriores.
A pesquisadora da Embrapa defende a utilização de estratégias integradas para o manejo da doença: a utilização de cultivares resistentes/tolerantes, o tratamento de sementes, a rotação/sucessão de culturas com milho e outras espécies de gramíneas e o controle químico com fungicidas.
Godoy relata que a incidência da “mancha-alvo” tem aumentado na cultura da soja, nas últimas safras, em razão do aumento da semeadura de cultivares suscetíveis, da utilização de sucessão da cultura da soja com culturas que são também hospedeiras do fungo, como o algodão e a crotalária, e da menor sensibilidade/resistência do fungo a fungicidas como as estrobilurinas e benzimidazóis. “Conhecer a reação da cultivar à doença é um dos pontos principais na definição do programa de controle químico porque nem todos os fungicidas apresentam boa eficiência de controle a essa doença e muitas cultivares apresentam boa tolerância a doença¨, destaca.
SINTOMAS
Os sintomas típicos da doença são observados nas folhas, iniciando por pontuações pardas, com halo amarelado e evoluindo para manchas circulares, de coloração castanho-clara a castanho-escura. Cultivares suscetíveis podem sofrer desfolha com perdas de até 40% de produtividade.