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Em Londrina secretário de Política Agrícola garante demandas do agronegócio

O agronegócio brasileiro é forte e eficiente e as questões que afetam positiva ou negativamente o setor têm que ser enfrentadas com seriedade. Este foi o tom da fala de Neri Geller, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, na abertura do Fórum do Agronegócio, realizado na manhã desta terça-feira, na 57ª ExpoLondrina. O evento reuniu lideranças de vários segmentos da cadeia produtiva no Recinto Horácio Sabino Coimbra durante todo o dia e teve como tema “Os desafios para alimentar o mundo”. Geller afirmou que produtores e os agentes públicos devem ter o foco nas coisas boas que acontecem no setor. “O agronegócio é eficiente, superamos várias dificuldades e estamos sempre em crescimento”, disse. Acrescentou que as ações do MAPA vêm ao encontro das demandas e necessidades identificadas no setor. O secretário apoiou a fala em argumentos como o crescimento registrado nos últimos anos. “Em 20 anos, a área plantada passou de 36,6 milhões de hectares para 60 milhões de hectares, o que significa um aumento de 60%”, afirmou. No mesmo período, os ganhos em rendimento possibilitaram um aumento na produção, que passou de 78,4 milhões de toneladas para 223 milhões de toneladas, estimadas para a safra deste ano. A política agrícola, segundo ele, dará o suporte necessário aos produtores. “O governo vai fazer a sua parte da porteira para fora”, disse ao informar que linhas de crédito para investimento e custeio estarão garantidas, além de recursos para a comercialização. Geller afirma que mecanismos como o Plano Safra são importantes para a proteção do produtor porque balizam o mercado e garantem segurança ao agronegócio. Ele defendeu que as taxas de médio e longo prazo dos financiamentos devem ser fixas. Outros segmentos que devem ser priorizados, de acordo com Geller, são os investimentos em armazenagem e inovação tecnológica, além de linhas que privilegiem a sustentabilidade e recuperação ambiental. Um dos gargalos do agronegócio no Brasil é a logística, que terá atenção especial, segundo Geller. A movimentação da produção, seja para os portos ou para abastecimento da cadeia produtiva, deve ser garantida. “Vamos resolver a questão com outros modais além do rodoviário. É preciso fazer a integração sul-centro-oeste e temos que investir em ferrovias e hidrovias”, afirmou. O seguro rural está sendo equacionado com o aumento da subvenção de R$ 300 milhões para R$ 400 milhões e uma área de 5 milhões de hectares segurados. “O seguro será pago em dia”, garantiu. Geller defendeu também que o seguro seja opcional. Durante a solenidade de abertura, o presidente da SRP Afranio Brandão ressaltou a importância do evento. “A Sociedade Rural do Paraná está contribuindo para fazer a diferença, com ações do presente que terão efeitos no amanhã”, afirmou. “Esta é uma oportunidade para discutir com profundidade os desafios para alimentar o mundo”, enfatizou. “Como produtores, somos apaixonados pelo campo”. Para Brandão, eventos como esse possibilitam “novos olhares sobre o legado que estamos construindo”. Segundo ele, a agricultura e o Brasil são de toda a sociedade e ao agronegócio cabe produzir de forma sustentável. Ao se referir à Operação Carne Fraca, Brandão cobrou postura responsável das autoridades. “Somos favoráveis a todas as atitudes que visem o combate à corrupção e fatos que causem danos à sociedade. Mas somos contrários a pronunciamentos que denigrem e prejudicam toda a cadeia produtiva do agronegócio”, frisou. O presidente destacou as atitudes do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que atuou com firmeza para enfrentar a questão, e que abriram os maiores embargos ao produto brasileiro. “Ele reafirmou que a carne brasileira é de alta qualidade”, disse

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