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Embrapa Soja nomeia Alexandre Nepomuceno como novo chefe-geral

O pesquisador Alexandre Lima Nepomuceno, 55 anos, foi selecionado para assumir a Chefia-geral da Embrapa Soja, uma das unidades de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, que fica sediada em Londrina (PR). Sua gestão teve início neste dia 01 de outubro e se estenderá por um período de 2 anos, podendo ser prorrogado por dois períodos iguais de dois anos. Nepomuceno substitui o pesquisador José Renato Bouças Farias, que dirigiu a Empresa entre 2013 e setembro de 2020 e, que se despede e agradece aos parceiros, no depoimento.

Indicado pela diretoria-executiva da Embrapa, o pesquisador Alexandre Lima Nepomuceno passou por um processo público de seleção. As etapas deste processo constaram da avaliação por comitê com membros internos e externos a Embrapa (CAS – Comitê Técnico de Avaliação), análise de currículo, da proposta de trabalho e arguição pelo público após defesa aberta via teleconferência. O CAS para Seleção de Chefes da Embrapa Soja foi composto pelos seguintes membros: Ivan Sérgio Freire de Souza (Secretaria de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa), César de Castro (pesquisador da Embrapa Soja) e Clara Beatriz Hoffmann Campo (pesquisadora da Embrapa Soja). Como membros externos, participam da seleção Renato Nóbile, superintendente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) e Ricardo Arioli, Presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA. Na fase final do processo, Alexandre Nepomuceno foi entrevistado pela Diretoria Executiva da Embrapa que aprovou sua condução a Chefe-geral do Centro Nacional de Pesquisa de Soja da Embrapa (Embrapa Soja).

Na fase final do processo, Nepomuceno foi entrevistado pela Diretoria da Embrapa, que aprovou sua condução. Para integrar a gestão, o novo chefe indicou como adjuntos os pesquisadores Alvadi Antonio Balbinot Jr. (Pesquisa e Desenvolvimento) e Adilson de Oliveira Jr. (Administração) e a analista Carina Rufino (Transferência de Tecnologia).

Cenário do agronegócio e impacto nas cadeias em que a soja está envolvida
Pesquisador da Embrapa há 30 anos, Nepomuceno tem ampla experiência tanto como cientista quanto como gestor de projetos e equipes. Em sua defesa pública, apresentou uma visão abrangente do cenário atual para lidar com os desafios no ambiente interno e externo. Com relação ao macro cenário, ressalta que nos próximos 20 anos, o planeta chegará a 9 bilhões. Será um grande desafio produzir alimento para suprir a demanda alimentar mundial. Neste contexto, a soja consolida-se como a principal fonte de proteína, seja em ração animal ou em produtos industrializados.
Diante deste cenário, o Brasil tornou-se um importante player, porque atualmente é o maior produtor mundial de soja com 120 milhões de toneladas e maior exportador do grão. O agronegócio representa 21% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e somente, em 2019, impulsionou o PIB em 3,8%. ¨Com a crise do Coronavírus, há a perspectiva de redução do PIB no País, mas o agronegócio deverá continuar tendo protagonismo, porque a demanda mundial por alimentos também é alta e crescente”, explica.

Atualmente 80% da soja brasileira é destinada para a China e que o crescimento do apetite chinês pelo grão deve crescer. “A demanda por proteína para atender o mercado chinês – em busca de alimentos de qualidade – deve manter o mercado brasileiro aquecido”, ressalta. “Por outro lado, a China tem se estruturado e vem participando cada vez mais com suas empresas em vários pontos da cadeia produtiva de soja brasileira. Pelo lado positivo ocorre a injeção recursos e entrada de produtos inovadores no País, uma vez que a China é hoje um dos maiores geradores de inovação. Pela perspectiva econômica, infelizmente, parte dos ganhos do agronegócio nacional acabam não ficando no Brasil.
Nepomuceno entende que entre os gargalos do agronegócio da soja no Brasil está o alto custo para escoar a soja internamente até os portos além da pouca agregação de valor. Aproximadamente 50% da produção brasileira é exportada como grãos e cerca de 27% é exportada como farelo ou outros derivados da soja. “Seria interessante termos maior agregação de valor nos produtos que exportamos para ampliar a rentabilidade e movimentar a indústria brasileira”, diz.

Outro tema apresentado em sua defesa pública está relacionado a iniciativas para ampliar a sustentabilidade e a qualidade da produção brasileira. “Pretendemos trabalhar para nos anteciparmos aos desafios a partir de informações técnicas e indicadores consistentes para mostrar a qualidade ambiental na produção da soja Brasileira. Vamos trabalhar para comprovar com dados científicos como a produção brasileira está respaldada em parâmetros ambientais, econômicos e sociais de sustentabilidade das cadeias produtivas”, ressalta.

Plano de trabalho

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