O Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) divulgou que a greve dos caminhoneiros está confirmada para o dia 1º de fevereiro, com um prazo indeterminado para acabar. O objetivo da manifestação é que haja solução, por meio das vias administrativas, para os problemas levantados pela categoria.
A entidade, que representa cerca de 40 mil caminhoneiros, garantiu que, por conta da pandemia, manterá aproximadamente 30% da frota circulando para prestar serviços essenciais, garantindo, dessa forma, o abastecimento com prioridade da quota destinada a circulação dos transportes de combustível, medicamentos, insumos hospitalares, cargas vivas, alimentos perecíveis e afins.
As lideranças da categoria pedem que o Supremo Tribunal Federal (STF) marque um julgamento para determinar a aplicação da tabela de preço mínimo do frete rodoviário. Além disso, eles pedem que a Petrobras abandone a política de equiparação dos preços dos combustíveis no Brasil aos do mercado internacional. Promessas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro na última paralisação em 2018, que ainda não foram cumpridas, também estão sendo cobradas.
É importante ressaltar que a decisão da realização de uma greve não é consenso entre os autônomos. A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) se posicionou, em nota, contra a manifestação dos caminhoneiros no próximo mês. O motivo principal é o momento de pandemia que estamos vivendo. “Apesar das dificuldades dos caminhoneiros, este não é o momento ideal para uma paralisação”, reforça a nota da CNTA.
O cenário positivo para o transporte de carga e o bom relacionamento com o governo federal também foram citados como razão para não apoiar a manifestação. Finalizando a nota, eles explicaram que uma greve só deve ocorrer quando todas as alternativas de discussão e negociação forem esgotadas.