Na semana passada, dia 22 de junho, o Governo Federal lançou o Plano Safra 2021/2022. Foi divulgado que serão direcionados R$ 251,2 bilhões para apoiar a produção agropecuária no país. O valor representa um aumento de cerca de 6% em relação ao plano anterior de R$ 236,3 bilhões.
A partir de julho deste ano, até o final de junho de 2022, os produtores rurais poderão contratar financiamentos com taxas de juros que variam conforme os produtos contemplados. É destacado que os números são diferentes para pequenos, médios e grandes produtores, além dos financiamentos viabilizados por meio de cooperativas.
Segundo a Agência Brasil, do total de crédito disponibilizado, cerca de R$ 39,3 bilhões serão exclusivos para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), um incremento de 19% em relação ao ano passado. Os demais públicos ficam com R$ 211,9 bilhões (4% a mais do que em 2020), sendo R$ 34 bilhões destinados aos médios produtores, por meio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). Dos R$ 251,2 bilhões do Plano Safra, um total de R$ 177,8 bilhões serão para custeio e comercialização e outros R$ 73,4 bilhões serão para investimentos. Neste último caso, o aumento da disponibilidade foi de 29%.
O Plano Safra também fortaleceu o Programa para Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC), principal linha para financiamento de técnicas sustentáveis na agropecuária, que terá R$ 5,05 bilhões em recursos com taxa de juros de 5,5% e 7% ao ano, carência de até oito anos e prazo máximo de pagamento de 12 anos.
O financiamento para aquisição e construção de instalações para a implantação ou ampliação de unidades de produção de bioinsumos e biofertilizantes nas propriedades rurais, para uso próprio, também foi contemplado, além de financiamentos para projetos de implantação, melhoramento e manutenção de sistemas para a geração de energia renovável.
Em pronunciamento oficial, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, destacou que a agricultura familiar e os investimentos, em especial na agricultura de baixo carbono, foram priorizados. “Este é um plano que já vem muito pincelado de verde”, concluiu a ministra.