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Sertanópolis-PR: Enfezamento de cigarrinha atrapalha expectativa de colheita de milho safrinha

 

A Expedição Milho Safrinha ‘Rally Campeões de Produtividade’ chegou à Fazenda Cachoeira em Sertanópolis (PR), onde o produtor Sebastião Barros e seus dois filhos, Rafael e Roviner, plantam em uma área de 70 alqueires. Além dessa propriedade, a família possui 63 alqueires na Fazenda João de Barro, no distrito de Paranagi (PR) e 73 alqueires na região da Warta (PR), com a Fazenda São João.

A safra 2019/2020 de soja dos produtores teve um bom desempenho para a região, que sofreu muito com a estiagem. “Conseguimos fazer uma média de 150 sc/alq, um resultado bom por todos os problemas que passamos”, diz Roviner. Eles tiveram dificuldades com a ferrugem nas plantas da Warta, mas em Sertanópolis, o que mais afetou a soja foi o clima.

Logo após a colheita da soja, no dia 28 de janeiro, o produtor afirma que, por conta da área de pivô (com 21 alqueires), começou a plantar o milho safrinha em um perímetro total de 505 hectares. Nas áreas de sequeiro, o início do plantio foi no dia 17 de fevereiro. “Tivemos estiagem, mas acredito que nossa maior perca aqui na região seja for enfezamento de cigarrinha”, conta Roviner.

Mesmo com os desafios, os produtores relatam que finalizam a colheita na área de pivô, com uma média de 342 sc/alq. “Esperávamos mais. Por conta do investimento, queríamos 400 sacas”, declara Roviner. A expectativa da família Barros nas demais áreas é iniciar a colheita na segunda quinzena de julho, com uma média de 220 sc/alq, já contabilizando as perdas.

CIGARRINHA

A perspectiva da família Barros com o grão está um pouco negativa, visto que houve muito problema com a cigarrinha. Roviner crê que haverá uma redução de 20% na colheita, “acredito que este enfezamento resulte na maior perda, muitos pés com as espigas pequenas e murchas por conta do inseto”, explica.

O problema da cigarrinha em suas propriedades apareceu em 2018, quando o produtor colheu, na área de pivô, 111 sc/alq (onde, geralmente, colhia 350 sc). Para tentar atenuar as consequências do inseto, o produtor investiu mais em 2020. O combate à cigarrinha foi feito a partir do monitoramento das áreas, através de testes e uso de veneno para lagarta, tendo bons resultados, “mas escolher variedades menos suscetíveis a doença é o principal ponto para conseguir combater o enfezamento”, ressalta Roviner.

Para fazer a correção do solo no período de vazio sanitário, o produtor rural afirma que pretende fazer rotação de cultura. “Estamos jogando esterco de galinha poedeira para depois realizar a calagem e o plantio de aveia e milheto. Em seguida, vamos escarificar as áreas. No pivô já começamos a plantar a aveia, a ideia é colher para usar no próximo ano na soja, o que rende uma produtividade maior”.

A partir da agricultura de precisão, a família Barros utiliza a tecnologia como uma parceira intrínseca, realizando testes de variáveis, investindo em plantadeiras e colheitadeiras mais tecnificadas.

INFLUÊNCIA FAMILIAR

Desde 2014, o produtor Roviner trabalha junto ao pai, Sebastião Barros, e irmão, Rafael Barros, nas terras. Antigamente, ele residia na cidade, onde estudou Administração Rural e auxiliava o patriarca durante o período de safra. No entanto, abriu uma loja de informática e pretendia ficar no comércio, mas “tive a oportunidade de ir viajar para os Estados Unidos e conhecer as fazendas de lá. Acabei me apaixonando pela área agrícola. Sempre gostei, mas meu pai tocava o terreno com meu tio, não tinha muita oportunidade. Hoje em dia, eu e meu irmão, que fez Agronomia, estamos mais a frente e trabalhamos juntos”, expõe.

A expedição Milho Safrinha “Rally Campeões de Produtividade” tem o patrocínio da Buscagro, Brandt, KWS, Simbiose e XP investimentos.

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